Um laboratório que chega para experimentar
26 de junho de 2025Esse texto se pretende um pouco como manifesto. Uma declaração de existência, uma marcação de lugar. Chegamos como reverberação de uma disciplina de Crítica de Mídia, a partir da proposta de uma importante agência de notícias, um período eleitoral e uma turma de estudantes engajada na vontade de trabalhar. Pessoas inquietas com a urgência da produção prática em Jornalismo, cansadas dos engessamentos impostos pelo padrão da notícia “neutra”, eis que surge a proposta: um Laboratório Experimental de Jornalismo.
Experimental, mesmo. Como autoexplica-se sob o guarda-chuva de “laboratório”. Um lugar de reproduções, mas também de testes. Mas não são testes aleatórios, sem método. São experiências. Possibilidades de criação. E autorização para realizar um jornalismo engajado, marcado por uma subjetividade assumida, ideologicamente declarada. Isso não faz desse laboratório menos preciso, nem descredibiliza os nossos dados. Pelo contrário. Isso indica o caminho que escolhemos percorrer.
E esse lado é o de silenciamentos históricos. É um movimento de ruptura, um posicionamento ético contracolonial. O sonho do jornalismo que muda o mundo. Talvez não mude o mundo, mas muda a vivência de estudantes, jornalistas do futuro, que têm em seu presente a possibilidade de realizar aquilo que o jornalismo pode fazer de melhor: construir visibilidade.
Neste espaço, somos diversas, diversos, diverses. Trazemos nossas marcas em nossos textos, em nossas produções audiovisuais. Temos espaço de opinião, mas também trabalhamos com grandes reportagens semestrais. Há espaço para notícias. E para trabalhos em colaboração (são eles que nos significam). O Laborejo tem sonoridade de movimento, do que fervilha em ideias. Esse é o nosso ponto de partida. Aguardamos por vocês nos próximos capítulos.
Editorial do Laboratório Experimental de Jornalismo – Laborejo
